Despreocupada, deixava um perfume de perdição no seu encalço.
Havia quem, adiante lhe ofertado tinha, esse camuflado veneno.
Cheirava a desamor...
Vaz Dias
Despreocupada, deixava um perfume de perdição no seu encalço.
Havia quem, adiante lhe ofertado tinha, esse camuflado veneno.
Cheirava a desamor...
Vaz Dias
Ela estranhava-me. Mas voltava sempre. Seria desta diferença porventura.
Um dia o sempre findou e estranhamente quando o "para sempre" se afigurava.
Estranha era a indiferença.
Vaz Dias
A sua indiferença às coisas do mundo impertigava-me. Sabia-lhe o cinzento esbatido do passado mas o rúbio para o qual se precipitava, esmagava-me.
Como se oferecia côr a uma pessoa que apenas cinza conhecera?
Vaz Dias
Deixei-lhe lábios marcados pelas costas. Indicavam erraticamente o sentido da minha paixão. Não havia caminho melhor. As suas costas escondiam o prazer que trincava no horizonte. Mordíamos as horas e tragávamos suspiros. Sem destino. Aventurados por aí.
Vaz Dias
Emoções ou a vasta complexidade da irracionalidade.
Como se controla e se disciplina
Um cavalo selvagem que em nós irrompe?
Como se pede para que cavalgue quando a terra é infértil e a razão dormente?
Há em mim complexidade cavalgante...
Vaz Dias
Perguntaram se estávamos juntos. Na realidade não. O tempo encarregar-se-ia de contar outra história. Ainda assim experimentávamos nos relacionar. Éramos "a match made in heaven". O tempo viria a enganar o céu...
Vaz Dias