quarta-feira, 8 de abril de 2015

De cinzento breu...

Despedia-me dela.
De lenço escarlate
Muito bem posto
Ostentando a lapela.
Nela
Repousava uma tira
De luz.
A cor que do cinzento
Que pintava a época
E aquela estação.
Apitava a despedida
O comboio que de breu
Cinzento
Escurecia o céu.
O sol que desaparecera
Escondera-se em olhar seu.
Seguiria consigo
E eu,
Despedia-me desta película.
Deste sonho meu.
Ficaria apenas o olhar.
Os olhos mais escuros que o
Cinzento breu
Ficariam por mais estações
E cores
Do que realmente aconteceu.
Um filme de despedida
Mas de presente.
O que ela me ofereceu.

Vaz Dias

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