quarta-feira, 25 de março de 2015

Barulho éramos nós!

Silêncio.
Que caia aqui um sorriso,
para se prender
por um instante.

"Lembras-te de largar
os pedais de frenesim intenso?
De te deixares ir
e tudo o resto ser silêncio?"

"Lembras-te de brincar
ao desliga e liga dos ouvidos?
De os premir com tanta força
que quando soltos todo
o som era surdo?"

"E de ser mudo?
olhar para o mundo,
céu incluído,
e em todo ele tudo ser
quieto?"

"Seria o céu
essa paz de silêncios?
Tão calado como
o universo?
Ser escuro era ser
de som abafado,
não era?

E sonhar era ruidoso
e cheio de cores.
Gostava de ouvir as cores
não faziam esse barulho
imenso.
Faziam sorrir. Dava vontade de acordar.
Pintar o mundo e berrar.
Não ter medo da repreensão.
Barulho éramos nós!

"Quando deixámos
o silêncio comandar as nossas vidas?
Quando deixámos o berreiro
nas cores perdida?"

Somos barulho, porra!

Barulho!

Vaz Dias











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