terça-feira, 16 de agosto de 2016

Anti Poeta de Matar

Como que sair de mim
Fosse a solução
Para os meus paradoxos.
Para a insuportável
Forma de eu ser.
Canso-me de me aceitar.
Amo-me demais
Para compensar.
É natural que ninguém
Mais queira.
Aceitável!
Mas preciso de corpos
Para me neles perder e zarpar.
Nem essa crua humanidade
Consigo perfazer em mim.
Detestável.
Pequeno e reduzido fim
Que não chego a tempo
Para completar.
Selecto comum
De defeito um!
Grito-me em cabeça ôca
Com todo o pensamento gasto.
Nefasto repasto
De comer e calar.
Vou ali me atirar.
Transformar-me em mais um
Para me aturar.
(E essas que não vêm
Que se deixem ficar.)
Atiro-me só.
Ou nova vida
Ou a boca calar.
Quero copular
Com boca ôca
E massa cinzenta atirar.
Partir paredes e reformar.
"Não posso mais contigo!"
Parto o espelho e lá te manténs
Para me torturar.
Ahhhhh
Ahhhhhhhhhh

VAz Dias

#palavradejorge

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