Morremos tantas vezes
Quanto precisamos.
Morremos por quem nos morreu.
Morremos por quem nos viveu.
Morremos para nos habituarmos
À morte.
Sim nós os que vivemos
Padecemos em cada perda
Do que era nosso
De coração.
Morremos até não precisarmos
Disto aqui.
Vivemos até onde queremos
Porque a morte
É a nossa aliada.
Mesmo vil,
Injusta e improvável,
Que nos leva quem era nosso,
É a nossa testemunha de vida.
Amei e morri.
Renasci a amar a morte
E a não ter medo
De viver a tua.
Amo-te!
Amo-te de morte!
(Sacudi com água o espelho que me fitava. Segui vivendo. Era o que restava de mim)
VAz Dias
#palavradejorge
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