De coros
Que pintam com ecos,
Fica a distância
Em que neles se estendem
As saudades.
Irrompe um sinal de ti.
Essa saudade
Que já foi uma canção
E agora
Se esconde por entre
Copas altas
E troncos revoltos.
Sai de dentro
Um murmúrio
Que que faz coros
Com eles.
Transpiro
Seiva natural deste tronco.
Cola de estagnar
O sangue que me esvai
De ti.
Da vida que me deste.
Sou um bosque
De todas essas canções
Perdidas
E das esperanças
Que por aí se perderam
Em outras tantas
Árvores ardidas.
Deflagraste-me a saudade
Em cinzento,
Branco
E azul escuro negro.
Deixaste-me com ecos
De ti
E de tudo a que não chego.
Cantaste-me
Num subtil sopro
De desespero.
Fiquei quedo,
Esperando que fosse
Uma brisa
Que as copas dança
De uma canção
Que alcança
O que de ti espero.
A mesma saudade.
A mesma cor
Que canta coros
Ao amor
E de um dia,
Contigo,
Perdê-lo.
Ecos de canções
Num bosque
Cinzento,
Branco
E de azul escuro negro!
VAz Dias
#palavradejorge