Páro o carro na berma
Do gelo que lá fora
Se acentua
Nas noites de janeiro.
Cá dentro
- Quente -
Deixo a Ella cantar
E o jazz recosta-me
A um silêncio perfeito.
Armstrong rasga com papel
De poesia
O desajuste das coisas
Perfeitas.
Canta-se amor.
Canta-se harmonia
Do monstro e da bela.
É reconfortante
O trompete
Que se ri das tristezas
E "sacana" diabrete
Dos momentos tórridos.
É arte de se estar
Tão bem acompanhado.
É tique social
Para dar o toque.
Um fraco truque
Das virtudes fracas
Do que melhor temos.
Mas é diferente.
Podia ser uma foto de mim
Para tu cá vires ter.
Vem se vieres.
Eu vou acolchoando
Os movimentos
Neste prazer
De te aqui ter tão longe.
Vem Ella e ele.
E o trompete
De entreter.
VAz Dias
#palavradejorge
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