segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A elegância da masculinidade

Um dia insurjo-me!
Essa provocação
Ou falta de interesse
Aparente
Terá resultado a preceito.
Não sei se tenho direito.
Se a paz que respeito
(Em mim e nos
Que me rodeiam)
Distribuir,
Mas um dia insurjo-me!
Quereis porventura
Um animal
A que se acostumaram
Dessa repetição geracional.
Dessa masculinidade
Abjecta
Que vos recoloca num
Ambiente dito normal.
Haveis crescido a criticar,
A falar mal
Desse tipo de comportamento
E no entanto,
É esse que vos estremece
De loucura.
De temor e que julgaram
Ser aceitável.
Peço perdão pelos meus
Iguais de género
E diferentes de genteza.
Que pobreza
Acharem bem!
Isso não me convém,
Mas um dia insurjo-me!

Insurjar-me-ei de poesia.
De humanidade.
De respeito à vossa
Feminina identidade.
À força que a delicadeza
Merece
E da nossa posteridade.
Não sou mais homem
Por te reduzir mulher,
Por usar a força
Para te fazer obedecer.
Sou mais poeta
Porque como homem
Me fazeres te conquistar.
Te fazer a côrte.
Te tratar com a elegância
Que um cavalheiro
Te deite num leito
E libertar a tua animalidade.
Só isso,
E um dia insurjo-me
Com essa fatalidade!

VAz Dias

#palavradejorge

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