domingo, 13 de agosto de 2017

Meia serra queimada

Meia serra.
Meia terra
Que cai do céu
Em cinza.
A brisa traz chama
E chama calor
De fogo.
Terror que aclama
À outra metade
De serra a outrora paz.
Zás!
A roupa cheira a fogo.
A meia terra a fogo.
A água a fogo.
A tristeza torpe
Que cospe cinza.
Saliva
Que quer beijar
E se amanha
Em se manter aguada.
Não há amor
Não ha nada.
Há calor
E gente endinheirada.
Morre verde
Para nota acinzentada.
Para costa acidentada.
Para gente que lá dentro
Não se aproveita
Nada.
Só cheiro de morte
Da sua alma queimada!

VAz Dias

#palavradejorge

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