Abandonei o local.
Nas mãos o sangue
Do passado.
Escarlate da paixão
Que lá tinha ficado.
Os murmúrios ficavam
Agora em mim calados.
Gritando às paredes
Do abdómen
Tinha matado o passado
Aos olhos.
Queimava calorias
De desejos.
Tudo não era senão
Uma lembrança de quem
Nada quis.
Passámos uns pelos outros
Procurando matar tempo.
Depois conhecemo-nos
Matando esse tempo
E o que lá se passou
P'ra frente.
Hábitos que mudam
Se não tiverem
De regressar.
Não há alma que aguente
Matar tantas vezes
Os tempos.
A exclusão
Para se ser livre
Diferente.
Deixamos tudo para trás
A oriente.
O futuro fica lá
Quando rodamos os dias
Intransigentemente
Em diante.
Não há remédio.
Há gente!
VAz Dias
#palavradejorge
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