Noites que se calam
Do ruído por nós
Acometido.
Cansa-se a alma
Das almas ainda
Perdidas.
Ou despidas ainda
De algum propósito.
Somos o depósito
Das esperanças
E da descontinuidade.
Já não sei qual é
A minha idade.
Se o amor deles
Tem termo de identidade
E se sou eu
Que ainda decido
Ser um impecilho.
Dono da noite
Por outros perdidos.
Ficam os desamores
Que afugentam
A tenebrosa repetição.
Fugimos da lenta
Morte
E dessa mesma exactidão.
Onde fomos feitos
E porque se brilharam
Os olhos?
E morrem os amantes
Com o tempo.
Uns perderam-se
E outros multiplicaram-se
Para agora sonharem.
Morrem-me os sonhos
Se não houver
Silhueta de encantamentos.
Os contra-tempos
De aqui termos sido
Os mesmos.
Juntos, perdermo-nos...
VAz Dias
#palavradejorge
Sem comentários:
Enviar um comentário