Sou-te
indiferente. Sim tu o pequeno mundo ao qual me dou ao respeito. Mas não me
torces. Não me dobras. Porventura era eu menos sabido desta imensidão de nadas
e tudos, descobri que não me amassas. Não mais me ridicularizás! Pois eu, este
pequeno eu da imensidão, sou tão tanto como tu. Só desisti de ser vaidoso,
ancioso e manipulador de outros para poder ser mais eu. Pequeno mundo, descobri
que há tantos que como eu, que andavam a tentar gritar estes gritos mudos, e
que hoje GRITO! Grito de riso. De pequena grandeza desmascarando gargalhadas.
Achavas que eu não podia? É isso que esperas de nós pequenos? Sorrirmos de
empréstimo? Eu jamais me deixarei enganar dessa tua patranha, falsa companhia
daquilo que tentando, agora nunca mais me engana. Apanha. Apanha com esta minha
artimanha. Mais veradadeira que essa façanha do cume mais baixo da alta
montanha. Desprezo-te mundinho, que me sorris de inveja, porque me esperas
perdido. Ver-me-ás morto e eu a sorrir. Vivi mais do que tu até na minha morte
do que tu em toda a tua vida invejando-me. E ainda assim de morte te sorrio
perdoando, sabendo que tu mundinho, lá te verás chegando perguntando,
"posso entrar?". E nós no mundo eterno te dizendo, "este será
sempre o mundo dos que mesmo agora chegando, pequeno ou maior, todos cá
cabemos." Mas eu sei mundo pequeno que só lá nos encontraremos, grandes ou
pequenos, e assim mesmos iguais. Porque assim sempre te aceitei...GRANDE,
pequeno mundo mundano!
Vaz Dias
Vaz Dias
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