quarta-feira, 16 de abril de 2014

Um dia a voz ensurdece...

De que me vale a voz,
se não te posso chegar.
De que me vale falar
se lá não estás,
se não te encontras,
para me ouvir.
Ainda oiço a tua,
nos meandros da memória
a me seduzir.
Não!
A tua voz atormenta-me.
Rebenta-me os tímpanos
do sentimento.
Lamento! Não!
Agora falarei, para não te ouvir!
Gritarei até que esse meandros
se ensurdeçam,
até que outros corações mereçam
a delicadeza do tom,
desse som,
que emana do pulsar
do meu coração!

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