terça-feira, 17 de junho de 2014

No meu bairro.


No meu bairro,
as pessoas acreditam.
Nem todas.
Acredito naquelas que
desfraldando a bandeira
e a pendurando,
se lembrem de tempos passados.
De crenças esquecidas.
De vitórias cristalizadas.
No meu bairro avisto
aí umas cinco.
Mas testemunharei
umas tantas mais.
Desde que se ganhe.
Desde que uma bola as faça acreditar.
No meio bairro também vou à bola.
Não desfraldo nem penduro
a minha crença.
Acredito que nada resolverá
o ganhar para amanhã esquecer.
O perder que amanhã
também se deva olvidar.
"Bola p'rá frente!"
Desde que se acredite.
Mesmo que de bola
outros não dêem bola.
Que se tente.
Mesmo que de ignorância
se comente.
Se cometa a injustiça.
Porque também de tão boa pátria
fica o exemplo
do que ao exterior
o dedo se aponte.
No meu bairro,
há quem não desfralde
nem pendure
também a sua crença.
Mas que sejamos todos
essa pátria
que o amanhã promete.

Vaz Dias

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