"Estás a arranhar-me por dentro.
As tuas garras
de cereja de gata quente
me aprisionam,
me deixam impotente.
Alvitras-me a ponderação
e eu de loucura
já não me aguento.
Torno-me vulgar
à bestialidade.
Dou lugar
à minha mais básica humanidade.
Estás a arranhar-me por dentro
gata quente
de cereja na garra.
Como esse teu ser
me liberta e depois me amarra!
Me aperta, me arranha
e depois me afaga.
Passeia vaidosa
e secretamente lânguida
côr de cereja!
Humano me torno de novo,
menos de carne
e mais de espírito
como o ser almeja.
Passeia quente, gata de
garra de cereja ardente!"
Vaz Dias
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