Andam os fantasmas
na rua,
mantendo sorrisos
e esgares de vida.
Andam a enganar mais de meio
mundo
dizendo-se vivos.
Mortos por dentro
ou apenas retocados
em face decrépita
bamboleiam-se de aparente beleza.
Come-se a fruta podre
à mesa.
Alienam-se as vontades
com o pressuposto da promessa.
Ver vida nos outros
até que à morte de volta
se apressem.
O amor à depressão.
A união pela parte onde
a corda rasga mais fraca.
Fracos são os fantasmas
aperaltados
de fraque
e de parte de vida.
Não se vêem refletidos
em espelhos nem em vidros partidos.
Nem nos outros mortos-vivos
nem nas almas
dos que a eles tenham sobrevivido.
Tenho medo desses mortos.
Desse miseráveis fantasmas
e perdidos indivíduos.
Tenho medo para a morte vivos
os tenha perdido.
Estou aflito!
VAz Dias
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