quarta-feira, 29 de junho de 2016

Astronomicamente

Astros que me empurram
Para a consciência
Quando dela faço uso
Absoluto
E inequívoco.
Serei intolerante se a única coisa
Que me move são os outros?
Que raio de tempo
E tempestade cósmica
Me faço erosivamente expôr!
Danço na chuva
Mas grito no vento.
Invento tempo
A contento.
Mas é o universo
Que me torna pequeno.
A um ínfimo extremo.
Descontente
Mas nunca amordaçado.
Tusso este fado
Quando tudo me aconselha
A estar calado.
Estou farto de passar ao lado.
Vou dançar à chuva
E ficar calado.
Aceitar que amanhã
Tudo terá mudado.

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