quarta-feira, 29 de junho de 2016

Vidas numa só!

Quantas vidas cabem numa
Se por vezes sucumbimos
A tantas mortes?
Mas cá nos agarramos
Pendurados sobre os ossos
Que a erosão da pele sofre.
Ali agarrados com unhas
E dentes de leão
Com o nosso coração
Apequenados ao centro
De gravidade.
Não é grave.
É nova invenção.
Nós mas novos.
Nós de novo vivos.
Morremos para nascer
Imortais.
Mais do que os ossos,
A carne
E a pele empedrada.
Não foi no peito.
Não foi nada.
Foi noutra vida.
E brisa de amanhã
No coração soprada.


VAz Dias


‪#‎palavradejorge‬

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