quarta-feira, 1 de março de 2017

Debaixo de um sol de candeeiro

Passava guiando
Tranquilamente a caminho
De casa.
(Sentir o conforto
E o descanso).
A noite era de Março
Convidando ao passeio
Na rua.
Mesmo que fosse tarde.
Mas para amores
De Março
Nunca se deve impôr
O retiro.
E aquele casal
Não o cumpriria.
Sentados debaixo
Daquele sol
De candeeiro
(Onde se corre
Junto ao rio que corre)
E onde o dia
Ainda dorme,
Sentavam-se ali.
Era amor recente.
De idade indiferente
Ao que o tempo
Desgasta.
Só ao tempo
Que dos dois se afasta.
O rio ia correndo.
Eu ia passando.
E o tempo deles ali
Estagnado.
O amor "intemporalizou-se"!
E acreditei por eles
Com o sorriso
Naquela curva.
Era amor
Que eu perdera
E naquele quadro
Que pintaram a quente
De um coração
Que a felicidade ignora.
Foram belos
E ainda acredito por eles.
Ainda agora.

VAz Dias

#palavradejorge

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