Do deserto para o vale do verde e desaguar em esperança.
Choro rio para a foz.
Foi do amargo
De boca
Que se calou a voz.
Cada pinheiro
Como de uma pessoa
Se tratasse.
Não por serem menos
Do que nós
Mas por mais se perceber
Aos seres racionais
A tragédia
Que essa bandidagem
Nos trouxe.
Não tenho provas.
Só tenho um nó na garganta.
Um cemitério
Prestes a se tornar
Num deserto.
Vive um vale
Que escondido e húmido
Se sobrou.
O riacho que levou a morte
De um carvão
Até ao mar.
Esse eterno retorno
Que é a mágoa
De se desaguar.
Um choro meu
E de todos que em cada
Árvore
Perderam um ente querido.
Um pinhal perdido.
Um choro
Contido
De esperança de mar.
VAz Dias
#palavradejorge
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