A seriedade do que
Nada devia ser.
Sermos uma quantidade
De seres desprovidos
De sentimentos profundos.
Tudo deuses gregos
Em olímpos de cal
E ninfas em águas estagnadas.
Para quê tanta febre
Em sentir as ausências?
Eu sei o que é ausentar-me
Para nada sentir.
Recuperar poder
De nada me afectar.
Pois é um erro!
É a mediocridade de nada
Sermos.
É um crédito
Anabolizante.
Um soporífero
De dormir de olhos
Abertos.
São umas pálpebras cerradas
De olhos pintados
De estrelas.
Enganos.
Manipulações
Que espetamos
De chicote nos outros.
A vingança e o eterno
Mal
A se fazer por intermédio
Da nossa fraqueza.
Da nossa humanidade.
Somos fracos não por a sofrer
Mas por queimarmos
Em brasa
No canastro
Dos que nos querem.
Dos que nos querem bem.
Um poder de merda.
Um gáudio sinistro.
Um intervalo
De bestas quadradas.
Fracos na perda.
Fracos!
Fracos de merda!
VAz Dias
#palavradejorge
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