domingo, 1 de abril de 2018

Extravio de ti

Do teu extravio.
Da perda de memória
Que se escoa
Pela história fora.
Foste canções por
Se escreveram
E os poemas
Mudos
Que nasceram.
Nados-mortos,
Extravio de cartas
Em branco
Só com poemas
Brancos
Esbatidos
Em transparências.
Uma janela que rebate
O sol
E a luz que chegou
Atrasado ao concerto.
Ao mini-espectáculo
Inocente
Das histórias
Que nos faziam
Crianças no tapete
Escutando.
Fazendo futuro
Como palavras
Desarticuladas
Saltando no recreio.
Fomos crianças
Por não termos
Sido sérios.
E arrumou-se tudo
Numa sacola
Que ninguém viu.
Ninguém.

Do teu sempre...
Extravio.

VAz Dias
#palavradejorge

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