sofremos.
todos temos contos
e contas a desajustar
a história
que nos foi contada.
a minha experiência
é tão inútil
quanto à do próximo.
tão irredutivelmente
desnecessária
e anónima.
chora-se agora
e daqui a pouco
de orgulho.
desenquadrei-me dessas
histórias tão certas
para os outros.
ousei ser eu
e acabei comigo.
para mal dos meus pecados
e por amor a eles.
deus os livre de serem
livres.
sejam a história
dessa glória
e penitenciem-se por
nós!
por já não termos voz
para agradar o além.
e a ninguém melhor
do que a nós
como gente menor.
sois melhores!
haja gente límpida
para preencher
os céus
que dos pecados
sei bem dos meus.
o dos outros?
pois bem,
não sou deus
nem merecedor
dos seus louvores.
fico-me com os meus
horrores
e a sua tão afirmativa
certeza.
a beleza da sapiência
suprema.
cá me aguento
pequeno e terreno
na mesma.
as pessoas
e os seus temores.
os passados
e os tremores.
sem futuro
e os amores.
domingo, 16 de dezembro de 2018
bondade ou bondage?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário