sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Chovem Abraços

este é o abraço
de um todo
multplicado
em pequenas partes
de reverso.
de retorno.
de um universo em transtorno
e os olhos que assentam
noutros universos
que compomos.
um toque que não
doa,
não morda como
os dentes que acariciam
quando a paixão
comanda.
que venha paixão
e abraços
apertados
de querer dar.
(essa é a demanda!)
de espremer
a dor para fora
em reciclagem
desse plástico amor
que se mantém
como garrafa perdida
no tempo.
decompondo-se lentamente
e sem água.
dilua-se a mágoa
em abraços
de lábios e do tempo
lavado
em chuva celestial.
sejamos menos corpos
e mais líquidos
quando o mar se encontra
com os rios.
os rios com céu
o céu longe do
inferno.
seja inverno o abraço.
seja eterno enquanto
durar
sabendo que tudo se transforma
desde que líquido
sejamos nós
e o nosso abraço.

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