adoeço da falta de ti.
se o cosmos interfere
tem-me ferido de morte
a cada dia que passa.
a dor que te evitei
- que faço aos que quero bem -
adoece-me a cada dia.
se é para aprender
já sabia antes do fim e
a dor é a replica
diária após o fim.
e julgávamos após esse fim
que tudo terminaria,
não podíamos estar mais
enganados.
mais apartados
e com a aguda ruptura
a apertar
e este o amor que te
tenho e a todos.
se houve um filho
do pai na terra
então sinto essa ínfima
materialização.
essa história de dádiva
mesmo com o desaparecimento.
e se o amor me rogou
uma praga morrerei
com mais dores
do que o mundo viu
pois elas perduram
muito para além do fim.
e se amar dói tanto assim
desejo que ninguém ame.
que ninguém adoeça assim.
domingo, 29 de setembro de 2019
Causa de morte: Doença prolongada
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