rodo histórias
a fazer tempo.
um complemento
para estar desatento
da morte
e do tempo que lá
chega. chegará.
morreu e um abraço
que não se deu.
uma palavra que ficou
agarrada à conversa
que também
zarpou.
eu e tu e a vida.
a longitude
a ermida
e tu.
despida na minha voz
desnudada.
os dois e a morte
dispensada.
"como foi o teu dia?"
e rodo mais estórias
e lamentos
e injúrias.
acusações
e amizades surdas.
atentas mas surdas
amizades que já não são.
teriam sido em alguma
altura?
talvez o nosso abraço
não devesse ter sido.
mas era o melhor que
eu tinha para dar.
mas sei que não estavas
com cabeça.
plim!
"chegaste e (abraço-te longe).
está frio aí? aqui está muito,
por dentro. por entre as
pessoas.
e as pessoas aí?"
plim!
(...) "visto"
falta-lhes um abraço
mais disto.
um vasto poema triste
da saudade e da morte
que prolonga
a falta. a dor.
da saudade.
fim!
Sem comentários:
Enviar um comentário