e tu és o sorriso
dos campos.
tez de trigueira
olhos de fio de azeite.
primavera verão
outono inverno.
sorriso angélico
da bondade do coração
e do maternal cuidado.
mulher menina
rapariga senhora.
passam minutos
pela hora
e o tempo
é brisa por entre
os trigais.
vêm as estações
e as demais.
voou o tempo
e o sorriso deixou
sinais.
um sorriso meu
em poema
ao teu cuidado.
sorri
porque o mundo
é melhor assim
amado.
deixa a energia
ser corrente de ar
que nos avisa
que entre o poeta
e a musa
existe brisa.
um campo fértil
onde se semeiam
poemas.
onde deslizam os temas
do amor, da paixão
e do querer
para que também
se façam fruto.
que haja mundo
de ti
aberto de universo.
um progresso
nosso que alimenta
o mais elementar chão.
como é que nunca
te semearam brisas
destas?
como nunca te abriram
as janelas do coração?
ou pelas frestas de onde
a luz se escapulia
te pintaram de arte
a pele?
apelo-te ao sorriso
íntimo que guardes
a poesia na tua caixinha
de surpresas.
quando estiveres sozinha
as abras para os teus
prazeres.
para não te conteres.
para seres quem
tu quiseres ser
mas mais chão fértil
de ti em céu
de estrelas decorando-te.
sorri
com esses olhos
grandes em que apenas
eles conseguem
brilhar estrelas.
de te rever nelas.
és bela disse-me o universo
antes de te ver.
apenas sentia brisa.
sorria.
e agora sei por quê.
já existias nelas.
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