catatónico.
cosmonauta
perdido no teu
espaço.
na orla de um paralelo
tempo.
assento o meu conhecimento
no teu convite.
em "repeat"
à exaustão.
convenço-me
que é eufemismo.
dramatismo a cada
lua no errado signo.
perdido no teu
espaço.
sobrevoo canções
interestelares
para me levares
até onde eu deva estar.
estou onde
não estou e onde devia.
passa-se mais
um dia como anos-luz
e tudo o que supus
suponho
ter falhado.
cosmonauta
catatónico
sem falta nem
presença.
morri à nascença
para te ser universo
mas no verso
vem escrito que és paralela
e em infinitos
repetidos
comigo lá no meio.
como sabes tanta
da minha ignorância
para lhe dares
caminho e distância?
largura e longitude
dum espaço
onde amiúde
se descobre próximo
entre nós?
mas eu sei
que há lá big bangs
gang bangs
jet lags
e toda uma linguagem
que eu prefiro
não esconder.
sou poeira cósmica
até da vista se perder
por esse negritude
ser mais corpo
com tudo o que ainda
tens nestes anos-luz
que imagino
descorrer.
a generosidade
traz-me vida e velocidade
para aprender.
cosmonauta
catatónico
polifónico
na penumbra
do ser.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
COSMONAUTA CATATÓNICO
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário