havia ainda tanto
por descobrir.
eu sei que tinhas
tudo para mostrar
e eu prostrado perante
a minha inócua
presença neste mundo,
protelei.
sou um proletário
e tu um rei
na barriga duma
mulher.
eu não sou esse
que tu te dizes
mas sou tudo o resto
que dispensaste.
na nossa despensa
fica a despesa
por conta da casa.
volta se não tiveres
mais nada.
sou bom com os "tudos"
dos "nadas" dos outros.
penso que é poesia
(pelo menos assim acredito
ser)
carne
com alma descarnada.
apelo ao teu sentido
de não permaneceres
sentida contigo própria.
não é culpa de ninguém.
é o que podemos dar
se é que existe
algo para a troca.
não preciso.
isso não se cobra.
agora cobre-me
e abraça-me este sonho
que foi de ti esta
noite toda.
domingo, 22 de dezembro de 2019
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