quinta-feira, 21 de julho de 2016

Bate asa

Transbordo de perdição.
Remeto-me à pequenez
Da minha condição.
Lavagem rápida
Da alma
Com moedas...
Trocos que tenha à mão.
São de semear.
Faço serão
De alvorada encostar.
Hão-de render...
Germinar.
Amanhã ou logo
Ou de manhã
Tenho um plantão
De em mim sustentar.
Pé de caule.
Pedra e cal.
Cala-me palavra do mal.
Quinhentos e tais cafés
Asas de em terra ficar.
Perder tempo
E minguar.
No leito da cama
Fechar a vista
Que despista
O que esperava desbastar.
Jardim é sonho
De ave poisar
E ave é rara de levantar vôo
Se é de gaiola piar.
Pio fininho.
Pequenino
De tempo passar.
Devagar.
Bate asa
E pálpebra
E a retina desligar.

VAz Dias

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