Negligência.
Amor menor
E profundo arrependimento
Do passado.
Ter a natureza do ser
E o tempo a prazo.
Zeloso era o fado
E o bem
Era padrasto.
Não veio
Nem aprendeu
A ser melhor.
Foi a pena que cumpriu
Que agora viu revogada.
É para cumprir
No futuro
Com a cara lavada.
Mas atente-se
Oh gente tão bem apessoada!
Em cada minuto
Pensou-se na consciência
E na sua liberdade?
Entregou-se o amor
Todo que se tem
De verdade?
Em toda a idade?
Somos filhos
Dos pais que podemos ser.
Somos família da voz
Que também nos faz,
A cada palavra atirada,
Morrer.
Mas existe já pena mais dura
Do que a consciência
De alguém que tenta sobreviver.
Vamos vivendo a prazo
Com a consciência
De melhor perecer.
O resto do mundo
Que grite os laivos de rectidão
E da perfeição que há-de ser.
Morre-se também pela boca,
Quando se engole em seco
E a palavra é pedra
Em telhado de vidro
Chover...
VAz Dias
#palavradejorge
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