Recordar-te por vezes
Desanima-me.
Torna aguda a solidão
E aguça o engenho
De te ter perdido
Em todas elas.
Fui eu que inventei um amor
Ou não soube fazer melhor.
Mas perder-te
É um quinhão
De soma das perdas todas.
Sobrevivo cantando-te.
Gastando-me em pele
De serpente.
Troco e mordo
O que vem em frente.
Mas morro sempre eu
Do veneno
Que é não ter-te.
Receio deixar de te querer
Em cada uma que chega em teu
Lugar.
Já sei que morrerei
Por ti.
A culpa é minha de tanto
Amar-te.
A culpa é minha de não saber
Fazer um sonho.
Fecho os olhos
E morro
Na memória
Ao matar-te.
Morro devagar
Em tua memória.
Devagar...
VAz Dias
#palavradejorge
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