domingo, 20 de novembro de 2016

Breu

Chove lá fora.
Cai o outono na janela
Pingando
A tortura à qual
Me detenho.
Beijo-te as costas
E a nuca como se cá
Te deitasses.
És leito do passado
E o outono sou eu.
Perco-me em saudades
Neste escuro de breu.
Perco-me de ti num futuro meu.
Nunca será nosso
Porque não existes.
Nunca exististe.
Sou louco
E tu és "eu".

VAz Dias

#palabradejorge

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