Somam-se solidões
E sobre a mesa alimentam-se
Os corpos.
Alimenta-se o tempo que aí vem.
Mas há fome.
A vontade é aguada
E insaciável.
Sobre a mesa arranha-se
A toalha que a cobre.
Há corpo que a fome descobre!
Há vontade que o corpo
Não acompanha.
Há poemas para serem
Escritos no corpo
Que se deita,
D'outro corpo que se cobre.
É a fome
Que só outra fome mate
E pode!
VAz Dias
#palavradejorge
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