No meu corpo
Nunca houve fronteiras
Como tantas vezes
Houve no meu querer.
Mas o tempo
Diluiu as delimitações
Do amor
E do que era respeito.
Desrespeitei
Tudo porque me tingiram.
Como ela que
Se deixava tingir
Por todos os sotaques
E passava a cantar
Ao ouvido de quem
Tinha essa fronteira.
Desrespeitei-me
Porque não sei fazer-nos
De outra forma.
Tenho sotaque de ti
E não sei falar mais.
Porque me arrastas para aqui
Se só sei cantar
Com o corpo?
E o que faço com o teu
Sotaque
E aquele cardíaco ataque?
VAz Dias
#palavradejorge
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