Estou num abismo.
Daqueles que não se pedem
Nem nos precipitamos.
São aquele que nos surgem
Da caminhada mais
Segura
E mais preparada.
Sempre a cair.
Parece que não nos habituamos
Nunca.
Farto de cair para levantar.
Farto de ser profundo
Como um abismo.
Farto de ser um abismo.
Cair em mim?
E então?
Vale ser tratado assim
Pela ligeireza a que os
Acontecimentos
Se prestam?
Agarramo-nos ao optimismo.
Mais um momento
Pára-quedas.
- Ampara as merdas.
Vais cair na mesma
Seu merdas! -
E caímos e
Esbardalhamo-nos no fundo
E agradamo-nos
Com o facto de sobrevivermos.
De sabermos subir
Com pernas partidas
E almas amputadas.
E subimos sabendo
Que somos uns lutadores
Porque vamos encontrar
Abismos.
No próximo não me levantem.
Fico logo lá no fundo
A fazer companhia a Deus.
Só assim subirei leve
Por tanta luta.
Ou também não.
Aceitar os ossos partidos
E só deixar de existir.
Isso.
Ser o meu próprio Abismo!
VAz Dias
#palavradejorge
Sem comentários:
Enviar um comentário