Há beleza na morte.
No fim das coisas
"Para sempre".
As paredes que se sujam
De idade
E se escondem de natureza.
Cresce o verde
E a planta e a certeza
Que tudo será
Um novo mundo
Até outro fim.
E pede-se à memória
Que sobrevive
Dessas estórias passadas
- dessas vidas acabadas -
Um fim que as faça
Nunca terem existido.
Não faz sentido
Começar para acabar
Se nunca se acabou
Por começar.
E se no final tudo acaba
Para novos inícios
Por quê sofrer de memória
Futura?
Que agrura
E morte lenta!
Que a verdura cresça lenta
E vagarosamente.
Seja a parede sempre suja
De tempo.
Ainda antes de nascer
Mesmo antes de
Ter morrido a ela
Prévia e
Antecipadamente.
VAz Dias
#palavradejorge
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