sábado, 6 de janeiro de 2018

Mudo tudo amanhã

Dobro mais uma esquina
Nesta noite fria
E deprimida.
Vai ficando esquecida
A outra.
Aquela que fazia os loucos.
Que recebia os loucos.
Que aceitava todos
Mesmo que poucos.
Não há alegria.
Copiar colar
Do que foi inventado antes.
Fiquei congelado nos tempos
Entre o depois
E os entretantos.
Tenho tantos anos quantos
Os que me seriam aconselhados
A acordar pela manhã.
Essa razão
Da "gente sã".
Mas não...
Aqui me deixo na repetição
Falando do mesmo
Riso
Do mesmo disco
Tocando de trás para a frente.

Mudo tudo amanhã.

Antes que morra
Dum louco destes d'agora
Ou do tédio.
Ou morrer do remédio
Ainda mais sem sabor
Sem cor...
Sem nada.

Não quero!
Deste ou sem remédio
Não interessa...
Não quero!

Mudo tudo amanhã
(Assim não espero).

VAz Dias
#palavradejorge

Sem comentários:

Enviar um comentário