Cinzentei.
Acidentada colina
De mar a descolorar.
Leves estocadas
De azul desmaiado
E verde queimado
Pelo tempo.
E perde-se na memória
A lavagem
Ao cérebro
Do impossível.
Da beleza com que se perdem
Sonhos
E os estranhos
Retornos
Como a maré
Do contentamento
D'agora.
Vou para fora tenho frio
Entro
Um calor
Sem ninguém lá
Dentro... nem eu.
Acidentei a cor
Porque no peito
Revolve o passado
Com espasmos
De sonhos.
Espuma para amaciar
A rudeza do cabo.
Deu-se cabo
Disto tudo.
A culpa é do fogo
No peito.
No fundo.
Em tudo!
Cinzentei...
VAz Dias
#palavradejorge
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