segunda-feira, 16 de julho de 2018

Fado no teu peito

Quem sabe
Se um dia saberei
Expressar-me tão
Eloquentemente
Como os demais.
Sobra-me a poesia
Dos desiguais.
A falta de jeito
Que tropeça na língua
E na boca.
A palavra ganha trejeitos
Dos enjeitados
E dos devotos
Imperfeitos crescidos.
Somos belos
Assim.
E chegou-me a tua
Beleza do fado
Que canta suave
Na minha língua.
Do torpor que mingua
A cada beijo teu.
Tu não esperas...
Vais andando mostrando-me
O caminho.
E se tropeço
Sorrio
E se faço um poema
Escuta-lo.
Porque a suavidade
Do teu fado
É o meu lado
Familiar.
Canto em tom falado
E na língua
Do teu amor.
A desgarrar
De falta de jeito
Junto do teu peito,
Do teu peito
Meu amor.

VAz Dias
#palavradejorge

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