terça-feira, 17 de julho de 2018

Fi-lo Indiano

Expurgar esta vontade.
Transformar em letras
Que se perdem em
Versos
Ou pensamentos dispersos
Muito tarde.
Rimar ou deixar
No acaso a harmonia.
Dessintonia do merecimento.
Do que se quer
Com o que se queria
Do que mudou
E do que pendia.
Do que pedia.
Do que queria.
E mereci.
Desmereci.
Num ou outro dia.
Conto novenas
Em pensamentos
Mas não como aprendi.
Deus não esta ali
Nem no perdão.
A convicção de ser
Humano
É ser errado
E experimentar.
Errar
Até acertar ao lado.
Perto.
Certo.
Um aperto no coração
E um desaperto
No fecho.
Abro.
Fecho.
Acho que não acho
Senão depois
Com melhor sofisticação.
Hálito fresco
E o louco dança no meio
Dos universos
Dos outros.
A beleza pintada no chão
Dançando
Facilmente como
O sorriso de quem acabou
De chegar.
De ser o centro das atenções.
Ficaram as intenções
E os olhares dançaram
Para longe.
Foge!
O hálito faz-se de monge
E a boca está podre.
Já ninguém morde
Por prazer
De se deixar morder.
De se perder
No meio dos loucos
A tripar de viver.
Longe!

VAz Dias
#palavradejorge

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