Cresce um tumulto em mim.
Um horror ao degradante mundo
Dos governantes
E do poder que toma
Conta da mente
De quem toma conta de nós.
Fujo.
Vou para onde está
A nossa mais animalesca
Forma de estar
Mas sem matar.
Pelo contrário.
Cobrir a terra de caça
Ao amanhã.
À sobrevivência
Pela sobrevivência
Dos nossos iguais.
Fujo.
Para perto dos nossos.
Dos ossos
E os mortos
E os poucos que restam
Vivos.
Dos que como nós
Só vêem igualdade
E razão de viver.
De amar
Para além do fim.
Fujo
Para dentro de mim
Esperando que a poesia
Me salve.
A carne.
O amor.
Algo de normal
Nos salve.
Que alivie as dores,
Rancores e ódios.
Odes.
Faltam todos
Os amantes
E os poetas
E os meliantes
Às políticas degradantes.
Antes que acabe
Que se ame
Mais um bocado.
Ame-se
Mais.
A todos.
A todos nós!
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Mata Mundi
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