é possível sermos
poetas como
vagabundos
que procuram no pouco,
no restante
e no esquecimento
dos outros,
o prazer.
eufemismos para
glorificar as misérias
como as pequenas
virtudes da vida.
procuramos sexo
com mais ardor
e honestidade
que o amor deixado
a céu aberto
pelos incautos
e os desapaixonados.
morremos de felicidade
mais vezes
do que morremos
da miséria alheia.
somos poucos
que tocamos muitos.
assuntos que as mulheres
infelizes
dos maridos alheios e alheados
querem ver resolvidos
nos versos
e nos terços
de cama ou de chão.
ter na mão o amor
em forma de carne.
palpável... visível.
e o poeta morre de amores.
morre de tremores
no coração por
viver essas vidas todas
em pedaços
e pedaços de céu...
ou lá o que isso seja.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
Amores Vagabundos
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