Estou tão perto dessa velhice.
Senti-a pela primeira
vez em criança.
Sentia a velhice com sabedoria
e solidão.
Feliz portanto.
Pelo meio a beleza
do feminino,
do prazer
e de tentar saber
o que é o amor.
Pensava que ser velho
duraria para sempre.
Como a sabedoria.
O amor seria partilhado
e para sempre.
Não sei amar
por mais que tente.
Sei ser velho
mas a sabedoria
é pior do que
a mulher que se deita
ao meu lado.
Dá-me vontade
mas preguiça também.
E o amor
é a mulher que foi
e que não chegou.
E no meio estou eu
quase velho
apesar do miúdo
que sou.
Apesar de não saber
amar
e não saber da mulher.
A sós
mas acompanhado
dessa velhice toda
que teima em chegar
e sempre esteve por
perto.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
Velho demais para mim
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