Depois de morrer
E de renascer pela enésima vez
Voltei a sentir aquela
Agitação.
Aquela que antes
Me aconselhava resguardo
À desgraça.
O tremor do limite
De precipício.
Acordo menos forte,
Agitado de solidão...
E penso nessa mortes.
Ressuscitei a cada uma delas.
Morri de sono.
Morri de desgosto.
Morri de amores.
Mas não morri
De pele,
De carne
Ou de vontade.
Da puta da vontade
Não se abate em mim
A morte
E o assassínio
Dos outros.
Porque não deixo!
Porque lhes acredito
Vida!
Porque de face atordoada
Lhes ofereço de novo.
Estou vivo
E amo!
Todos os seus pecados
E medo de morte
Eu os amo!
E a fome que em mim
Se engole
Alimenta-me a vontade
De me levantar
E bofetear um destino
De morte
Lembrando-me que há vida!
Amo-vos a todos
De vida!
VAz Dias
#palavradejorge
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