Vou me desculpar com as circunstâncias.
Com o azar.
Com a vontade que definhava.
Sempre fui de acreditar.
E numa madrugada
Acreditei como o miúdo.
Nada que me abalasse a fé.
Nem mesmo o velho
Que cresceu em mim.
Nem mesmo a realidade
Pugilista
Das outras batalhas
De crença estóica.
Fui sabendo que a manhã
Seria uma besta.
Por isso nelas durmo.
As manhãs são a besta
Dos amantes e dos crentes.
Quem acorda de manhã
Já não sonha.
Tem a felicidade toda controladinha.
Toda planificada.
Quem ama como sonha
Perde e ganha.
É igual.
Esses matutinos não sabem
Perder.
Amam com regras.
São hermeticamente felizes.
Eu também.
Como o sou na infelicidade.
Sei não controlar o amor.
Durmo de manhã
E sonho
Como choro.
Por dentro.
Para que esses não vejam.
Não quero atrapalhar
Esses seus controlados
Sonhos nocturnos.
Bestas (tenho de vos culpar
Por hoje não ser feliz!)
Bestas!
VAz Dias
#palavradejorge
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