É do drama, da clivagem do conforto e da incerteza do amanhã que se apura o virtuosismo.
O poema escreve-se enquanto o coração quase pára ou quase explode em lágrimas que se traduzem em palavras.
Alegrias perdidas e suturadas nas costas desse coração.
Escreve-se como se fosse a última coisa que nos restasse antes de padecer. Ou de sobreviver. Porque ou nos salva por mais um suspiro de dias ou testamenta a passagem de um louco que acha na coragem o seu maior feito.
O poeta quase morre a cada dia.
Por isso tento ser apenas um homem feliz com desejos pequenos.
Para enganar o destino.
Para saborear a neutralidade como da felicidade alheia.
Ir morrendo sem dar conta.
Sem precalços.
Até surgirem. Se surgirem. Se não nos matarem na hora o suturado coração.
VAz Dias
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