Há cantos em que me encosto
Que se fizeram
Num momento particular
Meus e para a minha
Conveniência.
E no entanto esse sentimento
De pertença
É do canto.
E deste canto
Que me sai do espaço.
Do abraço ao local
Que já me queria.
Ou talvez por interesse
Me queira só para o canto.
Os cantos
Casados para os seus interesses
E eu ser um carteiro.
Sou o mensageiro
Do que queriam de mim.
Talvez como outros
Que escreviam.
Imagino as épocas
E os cantos deles
E leio os cantos
Com que foram
Bafejados a nos oferecer.
E agora há cantos
Diferentes que me chamam
Para lá estar para lhes
Acomodar a alma
Até seguir.
E esta almofada que aqui
Se debruça
Como mulher nua
E rendida ao prazer
Que desagua
Nas planícies do bem-estar.
Do canto que sussurra veludo
Nas canções
Que chegam agora novas
De novo.
Canto amor aos cantos
Que me "almofadam"
O fado de estar
Com o prazer de voltar.
Vou mas fico,
Tanto que fico.
Tanto!
VAz Dias
#palavradejorge
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