Corpo inerte.
Peito arrumado
Contra si próprio.
Tudo apertado
Junto ao estômago.
Um vazio
Que abre uma corrente
De ar
De surdez
Nessa planície.
Sente-se cada batimento
Cardíaco.
O corpo é espasmo
Em cada movimento
Resvalado pelo coração.
"Parece que vou rebentar!"
Prenúncio de agitação.
Sempre tive queda
Para a premonição.
Para o vento gelado
Que vem
Das discussões acaloradas.
Da cólera calada.
Da incongruência alcoólica.
Cólicas e anseios.
Desvios e receios.
Escreve a mão junto ao peito.
Os dedos sentem
Nas pontas os espasmos
Primeiro.
Pesada vai a respiração.
Escreve-se uma oração.
Uma escrita dessa condição.
Não há meio...
...
Não há meio.
VAz Dias
#palavradejorge
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