Apaga-se uma pálpebra.
A outra escorrega
Com um cansaço
De velho.
Estrias que se alongam
Ao teto
- um céu aberto -
Que ecoa o silêncio
Da penumbra Sempre.
Fere a gengiva
Que sente rasgar
O solo
O manto
E o caroço
Duma terra que é peito
E na outra metade
É querer.
É não saber
Para mudar
E mudar
Sem saber se não estava
Melhor quieto.
E o céu
Atento
Não quer saber de mim.
E eu dele
Que lhe adormeço aos
Pés mais perto
Do osso
E disso
Que me fere
O jeito
Como o peito se
Oferece ao Nada.
Escrevi embriagado
De "ontens"
Sucedendo
À atenção dos "amanhãs".
Dói-me quase nada
Mas mais
A velhice que vai chegando
Nesta miudeza de mim.
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Convicções da Terra a Céu Aberto
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